terça-feira, 15 de maio de 2018

A ÁRVORE QUE DAVA DINHEIRO Histórias de Pedro Malasartes



No dia 15 de maio fizemos o "Dia da Familia no CEI" e dentre várias atividades, 
as professoras: Rosilane, Gabriela, Rita e Ana Lice, apresentaram aos pais 
o teatro dessa história do personagem "Pedro Malasartes"



NARRADOR — Malasartes, um caipira muito matreiro, gostava de morar aqui e acolá nas cidades do sertão. 


Certa manhã acordou bem cedo com uma idéia para ganhar a vida. 

Pediu ao vendedor de mel um bocadinho de cera; 












passou na mercearia de Seu Joaquim e trocou a única cédula de dinheiro que lhe sobrara, 50 reais, por uma cédula de 20, uma de 10, duas de 5 e o resto por moedas e caiu na estrada.  



            







(Os personagens fazem a encenação destas cenas acima falando de improviso)

Caminhou por uma légua ou mais, chegando perto da casa do seu Ambrósio, um velho muquirana, ambicioso, que não ajudava ninguém e sonhava em ser o homem mais e rico e poderoso da cidade.
Malasartes chegou ao pé de uma árvore na beira da estrada, parou e pôs-se a pregar na árvore todo dinheiro que tinha com a cera que arranjara e esperou o velho passar.


Não demorou muito, apareceu o velho na estrada. E Malasartes tratou de falar alto pra chamar sua atenção.


MALASARTES — Ah se eu pego esse empregado que não está aguando a minha árvore de dinheiro!
NARRADOR — O velho aproximou-se e curioso, perguntou:


VELHO — Ei senhor, que negocio é esse de árvore de dinheiro?
MALASARTES — É sim! Minha árvore é encantada. As suas frutas são dinheiro legítimo. O senhor nunca viu uma árvore de dinheiro?


VELHO — Não, nunca vi!
MALASARTES — Já faz tempo que eu tenho. Ela dá um trabalhinho porque tem que adubar de vez em quando e regar.
NARRADOR — E continuou resmungando:
MALASARTES — Ai, se eu pego o Mané! Como estou com raiva porque não está aguando direito! Resultado, olha a safra mixa que deu!
— Eu tou acostumado a ver essa árvore dá nota de 500, agora só está dando de 20, de 10, de 5 e umas moedinhas!


VELHO — Mas como pode? Dinheiro dá em árvore?!

MALASARTES — Dá sim! O senhor não esta vendo? Veja, pegue as notas e as moedas, verifique!

NARRADOR — E o velho pegou nas notas, observou e ficou matutando admirado com as notas que eram realmente de verdade.

MALASARTES — Mas dessa vez deu pouco dinheiro e de baixo valor, porque aquele preguiçoso do meu empregado não aguou direito e eu estou muito aborrecido!

— E tem mais! Comigo é assim, se começa a me desagradar, eu passo pra frente!
— Também estou colhendo todo dinheiro, porque vou me bandear pra outra terra e não tô pensando em levar a árvore, pois tenho medo que ela morra, além dela sofrer ao ser arrancada para ser replantada na minha nova morada, a viagem vai ser longa e demorada.

VELHO — Não me diga isto, sô!

MALASARTES — É o que eu lhe digo, patrão!

VELHO — Diacho! Não seja por isso, o senhor não quer vender esta árvore pra mim?

MALASARTES — Depende! O senhor sabe que é uma árvore rara, muito difícil de encontrar, mas se o patrão pagar bem, que mal tem?

VELHO — E por quanto vende?
MALASARTES — Por um saco de moedas de ouro!

VELHO — Mas é muito caro!
MALASARTES — Que nada! Se aguar direito, numa safra já paga o gasto e ainda tira lucro!
NARRADOR — O velho achando que iria ficar milionário fechou o negocio e entregou o saco de moedas para Malasartes, que em seguida, bateu pé na estrada.
O velho mandou alguns de seus peões retirarem, com todo o cuidado, a árvore encantada e a replantou no pomar do seu sítio. Daquele ano até hoje, está esperando ela dar dinheiro.





Um comentário:

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