quarta-feira, 31 de agosto de 2016

PROJETO FOLCLOREANDO


     No mês de agosto foi muito bom realizar as atividades do Projeto Folcloreando. 
     Resgatamos as brincadeiras e brinquedos antigos.

Infantil 1

                                                       
As crianças brincaram com bonecos de pano, roi roi, peteca, etc.










O Infantil 3, brincou de bila, ensinado as regras pela assistente de educação infantil Rita e a coordenadora Suely. Brincaram, se divertiram e aprenderam matemática.



Na hora do parquinho gostaram de brincar de balanço e de carrinho de lata.


Outro dia a coordenadora foi ensinar as crianças do infantil 3 a brincar com as"Cinco Marias"


Cantarolaram várias cantigas do repertório popular infantil, entre elas, "Peixe Vivo". A professora Rosilane trouxe um peixinho de verdade para as crianças apreciarem e elas também fizeram trabalhinhos.






As crianças esse mês ouviram muitas lendas folclóricas:

                                                          

O Infantil 2, ouviu a historinha do "Boitatá" e confeccionaram um de espuma com a ajuda da professora Eliana e da auxiliar Mariazinha






O Infantil 1, também ficou encantado com as lendas folclóricas














Fizeram trabalhinhos:






A professora Ana Lice usou o fantoche de palito pra contar a história do Boi Bumbá



Ela também colocou a música pras crianças dançarem




Fizeram colagens


As três turmas gostaram muito de ouvir juntas a história do "Bumba Meu Boi"





BUMBA  MEU  BOI



Numa fazenda de gado à beira do rio trabalhava Francisco um funcionário que cuidava dos animais e morava numa casinha simples nas terras da fazenda com sua esposa Catirina.




O casal estava muito feliz porque Catirina estava grávida de seu primeiro filho. Numa noite em que a lua prateava o pasto e eles já estavam deitados, Catirina acorda o marido:
-Chico! Chico!
-O que é mulher?
-Chico estou com desejo enorme de comer língua de boi.
-Ora Catirina, isso lá é hora de comer língua de boi! Me deixa dormir que amanhã eu pulo cedo da cama.
-Mas Chico, se eu não comer, nosso filho vai nascer com rabo de boi.
-Não entendo. Se você está com vontade de comer língua, como é que ele vai nascer com rabo?
-Se não for com rabo vai nascer com os chifres, ou com a língua de boi.
-Tá bom, tá bom! Amanhã eu vou a cidade e compro uma língua de boi.
-Amanhã não. Tem que ser agora!
-Agora?! Mas a onde eu vou achar a tal língua?
-Ache o boi, que ocê acha a língua.
- Mas os bois não são nossos - disse Francisco. 
-Francisco o fazendeiro é rico, ele tem tantos bois que nem vai notar a falta de um só.
Catirina insistiu muito e tinha um olhar comprido que dava pena, até que Francisco saiu a procura, foi até o curral, laçou o boi e levou-o para dentro da mata. Com um facão matou o coitado, cortou a língua, cozinhou e pôs fim ao desejo da mulher. Catirina comeu tanto que quase estourou. 
Na noite seguinte os dois resolveram fazer uma festança em seu quintal com o que sobrou do animal para comemorar a gravidez, então, chamou os vizinhos, fez uma fogueira, assou a carne, repartiu e cantou:



Canção:  
                                   
“Vou repartir o boi com o amigo meu (bis)
A parte da frente é da boa gente.
A parte de trás é pro bom rapaz.
A parte do meio é de quem não veio.
E os chifres de quem é? É de quem está em pé”.


Daí a dias, o dono da fazendo cismou de ver o rebanho: 

- Cadê o boizão, aquele que eu mais gosto? 
O feitor procurou pela fazenda inteira, não achou e deu a notícia:
- Sumiu.
- Sumiu, como?!




Um dos funcionários que tinha visto Francisco fazer a repartição, e não tinha ganhado nada, contou:
- Vi o Chico matando ele.
O fazendeiro ficou furioso, mandou o capataz pegar o Chico e amarrá-lo no curral. Catirina também ficou com o marido.
- Se eu soubesse suspirou Catirina - não te pedia língua de boi aquela noite.
- E se eu soubesse falou Francisco - não te fazia a vontade.






O fazendeiro caiu no choro e na tristeza quando mostraram para ele o que restava do boi: o esqueleto com o rabo e os chifres.




Mandou buscar o pajé da tribo de índios que morava na floresta vizinha.
O pajé chegou com ervas, os índios dançaram ao redor do boi. 
O boi se mexeu e deu um pum. Foi só.
-Que mal cheiro! O meu boi morreu! ... - chorava o fazendeiro. – Que será de mim?
- Manda buscar outro - sugeria o feitor - Lá no Piauí.

Ninguém entendia o sofrimento dum homem tão rico e com tantos bichos em sua fazenda.

O pajé sabendo que Francisco estava preso e que o fazendeiro pretendia mandar seus homens dar uma surra em Francisco. Disse:
-Se eu fizer o boi ressuscitar, você vai me prometer perdoar Francisco, não fazer nenhum mal e deixar ele e sua mulher Catirina ir embora de suas terras.
O fazendeiro por amor ao boi prometeu. Então o pajé acendeu um cachimbo e baforou nos restos do boi.  Assoprou três vezes. O boi viveu, saiu chifrando quem estava perto. 
O fazendeiro não cabia em si de tanta alegria. Pulava e abraçava a todos. Perdoou Francisco e Catirina.

O Infantil 3, também cantou e dançou com a música do boi bumbá.