Contação de História
Valor trabalhado: Amizade, solidariedade, união, cooperação.
Livro: Amizade custa pouco!...
Fonte: Google
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Autora: Gessy Carisio de Paula.
Comentário: As crianças gostaram muito dessa história que mostra como podemos conquistar uma verdadeira amizade. Ouviram com atenção, participaram e depois falaram como devemos tratar um amigo.
“A Amizade custa pouco” da autora Gessy Carísio de Paula.
Amizade custa pouco e vale muito... É uma verdade! Mas somente para quem
usa de boa vontade!
Na casinha do cachorro, lá no fundo do quintal, veio esconder um gatinho
com medo do temporal! O cãozinho não gostou da sua presença ali.
Rosnou, latiu, empurrou:
- Pode sair daqui! A minha casa é pequena, não dá espaço pra dois! Onde
já se viu combinarem cão e gato!... Ora, pois!
O gatinho respondeu com um olhar lacrimoso:
- Não faça isto comigo, o tempo está tão chuvoso! Logo que tudo cessar,
você fica... eu pulo o muro, muito embora já esteja ficando tudo tão escuro! A
noite cai bem depressa e os trovões estão tão fortes... Tenha paciência comigo,
deixe-me ficar, não se importe!
Está bem,
disse o cãozinho, com um ar muito importante, mas chegue bem lá pro canto e que
não seja implicante! E o tempo foi passando... passando... a chuva caía,
caía... o vento assobiando e a enxurrada escorria...
Pela porta da casinha começou a penetrar. O cãozinho se molhando,
começou a se afastar... mais para o fundo da casa, onde se encolheu o gatinho. Este
só olhou por baixo e continuou bem quietinho! Não tinham uma coberta, nem um
trapo pra se embrulhar... O jeito era, na certa, se enroscarem pra esquentar!
Vez por outra, o cãozinho abria um olho só, para ver como o gatinho tremia...
Fazia dó! E a dona do cãozinho não teve nem condição de levar-lhe um agasalho
ou um prato de refeição...
Acanhado, o cachorrinho foi-se chegando, chegando, ao canto onde o
gatinho se encolhia, ronronando! Chegou bem humildemente e pedindo de mansinho:
- Posso deitar-me aqui, ao seu lado, bem juntinho?
- A chuva está tão fria e a casa toda molhada... Só restou este cantinho
livre dessas poças d’água! Venha, dou-lhe meu lugar, você é o dono da casa...
Foi gentil me abrigando, logo esta chuva passa...
Na troca de gentilezas do gatinho pro cãozinho, abraçaram-se e dormiram
bem juntinhos, bem quietinhos!
Amanheceu um sol lindo, sorrindo num novo dia. O gatinho espreguiçou-se
e, devagarzinho, saía... Não queria acordar o cãozinho que dormia... Tão
tranqüilo e sossegado... Depois agradeceria...
Ao chegar á porta, então, ouviu a voz do cãozinho:
- Não se vá, fique comigo, sempre fui muito sozinho! Dividirei com você
minha casa, meu cantinho, meu leite, meu cobertor, meu quintal, meu
brinquedinho!
O gatinho aceitou, mesmo por não ter morada... Ficava só pelos muros ou
casas abandonadas!
Desde então, naquela casa, lá no fundo do quintal, ouviam-se só latidos
misturados a “miaus”! Eram os dois amiguinhos, brincando de esconde-esconde,
ou, fugindo pela grade, iam pro parque, bem longe!
Depois voltavam alegres, caminhando lado a lado... O povo até parava ver
o inusitado: Um cãozinho todo preto e um gato muito branquinho, amigos, vivendo
juntos, sem rixas... bem alegrinhos! Este exemplo, meus amigos, vem dizer muito
pra todos: “Vale mais uma amizade... Inimizade é para tolos!” Usou de boa
vontade com Mimoso, o gatinho... Afirmando esta verdade, Totó, o negro
cãozinho!
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