Sítio do Picapau Amarelo - Dia do Livro

A contação de história é uma constante no fazer pedagógico da creche. Neste mê de abril que comemoramos no dia 18, o dia do livro infantil, as professoras falaram para as crianças sobre o Sítio do Picapau Amarelo, os personagens e fizeram trabalhinhos sobre.

Professora Raquel - Infantil 2

Mostrando o livro do Sitio do Picapau Amarelo

Também mostramos o Sítio do Picapau Amarelo através de videos. 

As crianças gostaram muito!

A professora Ana Lice mostrou o livro para as crianças do infantil 1. 

E deu os bonecos da Emília e Visconde para brincarem.

No comercio, temos dificuldade de achar para compra, o livro do Sítio do Picapau Amarelo que tenha gravuras grandes e pouco texto, próprio para crianças pequenas.

Dessa forma, o único jeito que a coordenadora, Suely Moura, encontrou, foi confeccionar o livro do Sítio do Picapau Amarelo. Ela desenhou o cenário de cada página, pintou utilizando lápis de cor aquarelável, giz de cera, tinta óleo para tela, tinta guache e colou os personagens. Os personagens e alguns objetos foram impressões coloridas tiradas da internet, assim como o texto que apresenta cada personagem, além de falar sobre o ambiente do sitio, os animais, o autor Monteiro Lobato. O texto foi colado no verso de cada página para auxiliar as professoras na conversa com as crianças.

O livro ficou muito bonito, com gravuras grandes que para chamaram atenção dos pequenos.

Vocês já estiveram em um sítio? Já visitaram alguém que mora num sitio? Vocês sabem o que é um sítio? É uma propriedade rural, de tamanho modesto, que tem uma casa, geralmente com varanda. 

É um local que se cria muitos animais domésticos como: galinhas, patos, perus, cavalos, burros, carneiros, vacas, bois, e outros, onde também fazem pequenas plantações, geralmente de hortaliças, de árvores frutíferas.

Imagine você agora um sítio, longe da poluição e da correria das cidades grandes, estamos falando do sitio do Picapau Amarelo.

Lá, você vai ouvir as fabulosas histórias de Dona Benta, uma velhinha simpática, e brincar com seus netos, Pedrinho e Narizinho. Não se assuste se uma boneca de pano passar correndo e gritando ao seu lado, é só a Emília, fazendo mais uma de suas travessuras. É, esse sítio que vou falar pra vocês, ele é muito especial, diferente de todos os outros. Nesse sítio, tudo é possível: os animais falam e tem até o Visconde de Sabugosa, um boneco feito de sabugo de milho é cientista!

E aí, conseguiu imaginar? Para ir lá não precisa sair de casa: basta abrir os livros de Monteiro Lobato, o maior escritor de histórias infantis que o Brasil já teve. Seus livros encantam crianças há cerca de 70 anos. Pergunte a seus pais: com certeza, eles cresceram ouvindo essas histórias. Hoje, mais de 50 anos depois de sua morte, os personagens que ele criou e o sítio onde eles moravam continuam vivos na memória de muita gente.

Nos livros de Monteiro Lobato, há uma fascinante mistura do folclore brasileiro com o de outros povos. Com a turma do Sítio do Pica-pau Amarelo, você fica conhecendo não só as curiosas criaturas que habitam nossas florestas, mas também personagens da mitologia grega, e ainda encontra velhos conhecidos seus, como Peter Pan e outros.

Dona Benta Encerrabodes de Oliveira - Viúva de um grande senhor do engenho, sua paixão são os livros, é uma senhora culta, que gosta de ler e contar historias para seus netos. É dona do Sítio do Picapau Amarelo, mora com tia Nastácia, e sua neta Lúcia, que todo mundo conhece como Narizinho.  Mora no interior, mas sabe de tudo que acontece no mundo. Está sempre se divertindo com as travessuras da garotada e aberta para ouvir o que a meninada tem a dizer.

Tia Nastácia – É a bondade em pessoa, sempre disposta a ajudar, também muito assustada, medrosa e supersticiosa, quando com medo, esconjura com um “cruz credo”. A melhor quituteira deste e de todos os mundos que existem. Ela cozinhou até para São Jorge, na Lua. Sem os seus quitutes, a vida no sitio não teria o mesmo sabor, mas isso quase a transformou numa vilã, quando o assunto é o porco Rabicó, salvo da panela pela Narizinho. Além de cuidar da cozinha, ela é uma faz-tudo na casa. Foi ela quem fez (costurou) a Emília e quem praticamente criou a Narizinho. É uma grande contadora de estórias, foi pela boca da tia Nastácia que muitas lendas folclóricas foram conhecidas. A turma do sítio adora ficar à noite ouvindo seus “causos” e comendo rosquinha de polvilho. 

Narizinho (Lúcia) - é neta da dona Benta e mora com ela na casa do Sítio do Picapau Amarelo. Por causa de seu nariz arrebitado todo mundo a chama de Narizinho. Tem 7 anos, é a princesinha do sítio, uma menina educada, gentil, carinhosa e inteligente. Fica muito feliz quando o Pedrinho vem de férias e os dois participam de grandes aventuras. É dona da boneca Emilia feita por tia Nastácia para presenteá-la.

Pedrinho - É um menino de 10 anos que mora com a mãe na cidade e estuda. Sua mãe se chama Antonica e é filha de Dona Benta. É primo querido de Narizinho. Ele vai para o sitio todas as férias, pois o que mais gosta no mundo é o sítio de sua avó e tudo que tem lá. Adora também café com bolinhos de frigideira preparados pela tia Nastácia. É um menino corajoso e aventureiro. Não tem mesmo medo de nada. Foi o único que conseguiu pegar um Saci e conhecer os mistérios da noite na floresta. 

Emilia - É uma boneca de pano feita pela Tia Nastácia para a menina Narizinho. Era muda até que engoliu a pílula da fala inventada pelo doutor Caramujo. A partir daí, fala como uma matraca. Emília é independente e ativa, tem iniciativa, muito criativa, é a irreverência em pessoa. Está sempre tendo idéias maravilhosas. É crítica, tagarela e mandona, com um gênio para lá de forte que causa as maiores confusões.

Visconde de Sabugosa - Foi Pedrinho que fez o Visconde e tia Nastácia com suas mãos de fada finalizou colocando mais detalhes, deixando-o mais bem acabado. Está sempre de cartola na cabeça, usa um paletó verde, e tem algumas palhas de milho em volta do pescoço. 

Pedrinho guardava Visconde na biblioteca. E ele certa manhã ganhou vida como por encantamento. Quando o Visconde ganhou vida, ele era muito pequeno, do tamanho dos bonecos comuns. Ele morria de medo de ser morto, principalmente por ser muito pequeno, podia ser comido com facilidade pela vaca que aprecia sabugo e também pelas galinhas que gostam muito de milho. Certa tarde, tia Nastácia estava preparando um lanche, chamado “croissant”, e Visconde foi mexer no fermento que tinha na receita. Aí, o fermento caiu em cima do Visconde e ele cresceu ficando do tamanho de um adulto.

É um sábio, gosta muito de ler, então adquiriu o hábito de estudar e pesquisar os mais variados assuntos. É também inventor. O Visconde tem um laboratório, no porão da casa. Uma de suas invenções é o pó de Pirlimpimpim e ele fabrica para levar as crianças do sítio como num passe de mágica de um lugar para outro, numa viagem a muitas aventuras.

Ele ganhou esse nome porque é um nobre, sempre dá bons conselhos ao pessoal do Sítio, tem a dignidade de visconde que é um nobre da realeza (substituto do conde no governo do condado ou o filho herdeiro do conde). 

Nas aventuras Visconde é sempre escolhido por Pedrinho para fazer as coisas mais perigosas, pelo fato de ele ser "consertável". Se estragasse ou se machucasse, tia Nastácia fazia outro ainda melhor. Certa vez mofou e até morreu, mas tia Nastácia fez outro melhor.

Tio Barnabé - Tio Barnabé é um caboclo da roça que mora numa casinha nas terras do sítio e ajuda Dona Benta cuidando das mais variadas tarefas. Tio Barnabé tem uma grande afeição por Pedrinho, adora um cachimbo e é um sábio no que diz respeito aos segredos da floresta, do folclore e superstições, tanto que foi ele quem ensinou Pedrinho a prender o Saci na garrafa. Humilde e boa gente, toma conta do Sítio. Sabe de todos os mistérios do mato. Cuida das galinhas e da Vaca Mocha da Emília. Está sempre fumando um cachimbo, que o Saci adora esconder.

Zé Carneiro –  Responsável pela manutenção do sítio. É o personagem mais desastrado do sitio. Reúne simplicidade, inocência e muito humor. 

Rabicó – Esse porquinho salvou-se de ir pra panela e virar cozido feito por tia Nastácia, porque Narizinho brincava com ele desde pequenino, desse dia em diante, morre de medo da tia Nastácia. Recebeu esse nome porque só possuía um tiquinho de cauda. Entrou pra turma, virou marquês, participa de muitas aventuras. Comilão de marca maior. Leitão guloso e covarde, só pensa em comer está sempre atrás de comida. Rabicó é o animal de estimação da Narizinho.

Quindim - É um rinoceronte que fugiu do circo onde trabalhava e acabou indo parar no Sítio. Foi Emília quem o acolheu e se tornou sua primeira amiga. Aliás, foi a própria Emília que lhe deu o nome de “Quindim“, por causa de sua personalidade “doce”. Muito simpático, como o próprio nome diz é um doce de criatura e foi eleito por Emília "tomador de conta do Sítio", por causa de seu enorme tamanho. Sabe inglês e acompanha a turma em diversas aventuras.

Burro Falante - De burro não tem nada! Por estar sempre dando bons conselhos, recebeu de Emília o nome de Conselheiro. Extremamente educado e inteligente, gosta de ficar no quintal conversando com Quindim. 

Dr. Caramujo - Grande médico, de doença entende tudo. Cura qualquer coisa com suas pílulas milagrosas, curou até a "tosse de cachorro" que atormentava a Tia Nastácia. Foi o doutor Caramujo quem deu à Emília a capacidade de falar.

Cuca -  É uma horrenda bruxa que mora numa caverna escura, tem um caldeirão onde faz muitas porções mágicas. Tem cara de jacaré e garras nos dedos como os gaviões. Velha como o tempo, dorme uma noite a cada sete anos. Quando fica brava, dá para ouvir o seu urro de raiva a 10 léguas de distância. Um dia ela raptou e encantou a Narizinho. Pedrinho, com ajuda do Saci, conseguiu o fio de cabelo da Iara e quebrou o encanto. Má, horrorosa e perversa! Grande vilã, faz questão de ser a criatura mais maléfica das redondezas e não aceita que outros bruxos se aproximem de seu território.

Saci - Nas cidades e nas roças, todo mundo tem medo de Saci. É um negrinho de uma perna só, que usa carapuça vermelha e pita cachimbo. Muito safado adora fazer estripulias nos terreiros das fazendas e assustar as pessoas e os animais no pasto. Pedrinho, que não tem medo de nada, conseguiu caçar um com a peneira e colocá-lo na garrafa, depois tomou o capuz e o saci ficou sendo seu escravo, mas logo devolveu o capuz vermelho e a liberdade ao Saci e ficaram amigos. O Saci ensinou a Pedrinho os segredos da mata. 

Curupira - É um menino de cabelo vermelho e com os pés virados para trás que mora na mata e vive fazendo travessuras. É protetor implacável da fauna e da flora e persegue todos que a agridem. Possui os pés virados para trás, dessa forma, ao caminhar, o curupira consegue enganar alguém que pretenda segui-lo olhando para suas pegadas. O perseguidor pensará sempre que ele foi à direção contrária. Dizem que alguns desaparecimentos inexplicáveis, de caçadores, madeireiros e lenhadores, acontecem porque o Curupira confunde o caminho de volta e eles ficam perdidos e nunca mais voltam.

Iara – Iara era uma jovem, bonita, de muita coragem, era cobiçada por uns homens maus da localidade onde morava, e ela não gostava deles, então certo dia, levaram para a mata onde havia um rio, e a jogaram dentro, na parte mais funda. Era noite de lua cheia e neste rio havia muitos peixes, que resolveram salva-la. E conforme diz a lenda ela virou metade mulher e metade peixe, se transformando em uma linda sereia. Desde então dizem que ela aparece nos rios e atrai os homens, cantando com sua voz enfeitiçante, chama a atenção deles, no qual vão em sua direção e são atraídos para o fundo da água, onde nunca mais voltam.

Mula Sem Cabeça - é uma mulher que foi amaldiçoada após ter um romance com um padre. Como consequência, foi transformada num quadrúpede, uma mula que solta fogo no lugar da cabeça, que galopa assombrando quem encontra através dos campos desde o sol de quinta-feira até o nascer do sol de sexta-feira. Suas patas são calçadas com ferro. A violência do galope e a estridência do relincho são ouvidas ao longe. Às vezes soluça como uma criatura humana.

Lobisomem - É um bicho sinistro, uma coisa horrível. Tem corpo de homem, cabeça de lobo e é todo peludo. É grande e muito forte. Quando uma mulher tem sete filhos machos, o sétimo vira lobisomem se ela parir na noite de sexta-feira. O lobisomem come titica de galinha e cachorros. Se alguém cortar-lhe uma perna, vira homem, porém, perneta.

Boitatá - na língua dos índios é cobra grande de fogo. É uma aparição medonha. Tem olhos, enormes, vermelhos, brilhantes, de fogo. De noite ela enxerga tudo. De dia não enxerga nada e vive entocada, que nem coruja. Sua sina é passear pelos campos onde tem carniça de animais mortos. Ataca homens e animais, mas devora somente os olhos de suas vítimas. Todo ser vivente se apavora diante dela.