Reunimos hoje, 13 de
junho, as crianças no pátio para contar uma historia bem
antiga, muito conhecida em todo nordeste, a historia de Lampião e Maria
Bonita.
Maria Déa era o nome dela.
Morava numa casinha com sua família, no meio de um terreiro no sertão quente
nordestino.
De manhã bem cedinho, sua mãe gostava de acordar a filha assim:
“Acorda Maria Bonita,
levanta o dia já raiou,
levanta o dia já raiou,
as andorinhas estão fazendo ninho,
Maria Bonita
no seu bangalô”.
no seu bangalô”.
Falo pra vocês agora
de Virgulino Ferreira da Silva, homem valente, para uns, comparado aquele
personagem chamado Robin Hood, pois roubava comerciantes e fazendeiros ricos, e
distribuía parte do dinheiro com os mais pobres. Para outros, ele era um perverso
bandidão. Era um cangaceiro, que chefiava um bando. Muito temido, provocava
alvoroço nas pessoas, pois se ouviam várias histórias ao seu respeito.
Recebeu
o apelido de Lampião, por ser comparado com um desses que era usado
antigamente, na época que não havia energia elétrica. Virgulino era esperto,
grande estrategista militar, se mantinha atento, “aceso”, observando tudo que
se passava ao seu redor. Tinha muito fogo, era rápido no gatilho, mirava, quando
atirava clareava o cano do rifle e sempre acertava o alvo. Saía vencedor nas
lutas, atacava de surpresa e depois fugia
para esconderijos no meio da mata, onde acampavam por vários dias até o próximo
ataque. No bando chamavam Lampião de capitão.
Certa vez, Lampião e
seu grupo fez uma visita a casa da família de Maria Dea, pois ele era antigo
conhecido da família.
Quando o capitão
Lampião chegou à casa de Maria Dea, ela se engraçou por ele. E Lampião também
se engraçou por Maria.
Foi amor à primeira
vista, paixão forte, igual a eles. Ele reparou nela, achou-a tão bonita que
logo decidiu que a partir daquele momento se chamaria Maria Bonita. E Maria
Bonita merecia mesmo o apelido que recebera, pois era mulher vaidosa, “perfumosa”,
gostava muito de se arrumar, também era brava, corajosa e destemida.
Era época de São
João, fizeram uma festa, com barraquinha de comidas típicas, tinha canjica, aluá, pé de
moleque, pamonha, cocada, mugunzá, bolo, milho...
A animação foi ao som da
zabumba, do pandeiro, do triangulo, da viola e da sanfona. Teve casamento
junino e dança de quadrilha.
Lampião dançou com Maria Bonita as músicas de Luis
Gonzaga, um sanfoneiro muito famoso, até hoje conhecido como “Rei do Baião”:
“Olha pro céu meu amor
Vê como ele está lindo
olha praquele balão multicor
que lá no céu vai subindo.”
Teve forró, xaxado e
baião e todo bando se divertiu até o raiar do dia.
Não teve outro
jeito, a paixão foi tão grande que Maria Bonita deixou tudo e foi viver com
Lampião.
Passou a fazer parte do bando e se vestir com as mesmas indumentárias
do grupo. E lá no acampamento do bando, agora era Lampião que cantava, de manhã
cedo para acordar Maria Bonita:
“Acorda Maria Bonita, levanta vai fazer o café,
que o dia já vem raiando e a policia já está de pé”.
Muito bom!👏👏👏👌❤
ResponderExcluirParabéns . Ficou lindo. Ah se toda a educação brasileira fosse feita de profissionais como vc. Admiro seu profissionalismo.
ResponderExcluirFicou lindo 💙
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