quarta-feira, 22 de agosto de 2018

O Casamento da Raposa


Nesse mês de agosto trabalhamos com as crianças o Folclore brasileiro: lendas, tipos regionais, cantigas, trabalhinhos... e no dia 22 de agosto contamos a lenda do "Casamento da Raposa". Fiz uma plataforma de isopor encapada com TNT verde para espetar os fantoches de palito. Também utilizei brinquedinhos de animais selvagens para compor o cenário da historinha. 



Vocês já viram aquele lindo fenômeno da natureza? Sol e chuva ao mesmo tempo. 


Vez por outra, quando dá de chover com o sol no céu, diz um dos contos do folclore brasileiro ser o “casamento da raposa”. Querem conhecer a história? Vou contar agora pra vocês:



No meio da floresta morava uma raposa que há muito tempo era viúva e já estava cansada de viver sozinha, sem um companheiro para passear, conversar e brincar, então decidiu arranjar um noivo. E dona raposa teve sorte, não é que tinha chegado da Espanha por aqueles dias um distinto pretendente: um lobo muito bonito, simpático e galanteador que também se sentia solitário, pois seus parentes e amigos estavam longe.


Certa tarde, se encontraram na floresta, foi amor a primeira vista, então começaram a namorar. E depois de alguns dias e algumas juras de amor, o casal noivou. Sendo assim, anunciaram a data do casamento.


Logo toda bicharada da região soube do futuro casamento. Alguns bichos ficaram contentes ao ver que a dona Raposa ia se casar com o seu Lobo, pois antes os dois andavam tristes e agora estavam cheio de alegria no olhar. Mas os fofoqueiros diziam - Vejam só, dois inimigos se juntando, o casamento não vai aturar muito tempo!


A raposa ficou informada desses “agoros” e estava preocupada. Então, para espantar o mal olhado sabia que deveria casar num dia de chuva, pois os antigos diziam que traria felicidade, mas num dia de sol a festa seria melhor, mais bonita, alegre e animada. E assim queria ter as duas coisas.
O grande dia chegou. A noiva raposa estava toda faceira, arrumada com véu e grinalda. O noivo lobo, uivando vaidoso, estava vestido num paletó e usava no peito um cravo vistoso.


Todos da floresta foram convidados. Fizeram uma festança. Os bichos estavam animados.
Cada animal convidado trouxe na mão um presente. Apenas um animal não trouxe presente algum. Inda atentamente olhou o que trouxe cada um. Depois disse:


– Meu presente não se compara a nenhum! - Esse animal curioso era o leão imponente, o rei de todos os bichos. Muito altivo e eloquente. Sendo rei, quis dar à noiva magnífico presente. E, para os bichos olhando, falou com sua voz altiva:
— Diga-me cá, comadre raposa, o que quer você que eu lhe dê no dia de seu casamento... Como você sabe, sou o rei de toda essa bicharada e tenho governo sobre tudo. Você quer um dia de sol ou um dia de chuva?
E a raposa toda derretida lhe diz cerimoniosa:


— É bem verdade, majestade, bem verdade. Quem pode, pode mesmo.
A comadre raposa, rainha da astúcia, fechou a cara com ar de séria, a modo de quem está resolvendo algo importante, e assim ficou um pedaço.
O leão impaciente, soltou um urro:
— Não ata nem desata?
A raposa tremeu de medo e respondeu matreira:
— É que eu estou pensando que o compadre sendo nosso rei tem muito poder, mas para o presente que quero acredito que o leão esse poder não detém de manobrar sol e chuva, um poder que só Deus tem. Mas... se tiver, quero sol, mas quero a chuva também para ninguém se esquecer.
Desacreditando do poder do leão, a raposa pensava tê-lo pegue numa encruzilhada, mas ele, vaidoso, respondeu com ar de pouco causo:
— Tola, como ousa duvidar do rei da bicharada? Pensei que a comadre fosse mais sagaz. Com isso estou transtornado! Como rei, o meu poder, saiba que é ilimitado! Por isso, há de ter sol e chuva em seu casamento! Ele será, minha cara, inesquecível evento. Palavra de rei não volta atrás, esse é meu juramento!
E para o espanto de todos, naquele formoso dia, de repente a natureza resolveu intrigar e deu para os noivos um presente inesperado: sol e chuva! Começou a cair bem na hora da cerimônia uma suave neblina e o sol continuou firme e forte brilhando no céu. A chuva caindo limpa e fresquinha. O Sol, nosso astro rei, radiante e majestoso iluminava o altar. Um arco-íris coloriu o céu. Era dia de comemorar.


Daquele dia em diante, pra ninguém mais se esquecer, raposa quando se casa, a chuva se une ao sol. Falam alguns que é quando, ao altar, sobe espanhol.
Os mais velhos é quem contam, a gente vai repassando e a lenda perdurando.
     Mas esta lenda chama a atenção para um fato curioso: a pouca duração do fenômeno. Chuva com sol dura pouco tempo, assim como se espera do casamento de uma raposa com o lobo...

“Sol e chuva, casamento de viúva.
Chuva e sol, casamento de espanhol”.


Vejam outras atividades realizadas:







A professora Rosi contou para as crianças
 a lenda do Saci.








Depois as crianças fizeram o saci e colocaram na árvore da floresta.






 Outras lendas foram contadas através de livros e videos.


Pintura coletiva com rolinho de esponja e guache




Lenda do "Boto Cor de Rosa".













Caracterização das crianças com tipos regionais, mitos folclóricos,... para visitar as outras turmas:


Saci - Miguel
Passista do frevo - Marina

Brincante do carnaval - Ester



Os caipiras - Bia e Bruno
Vaqueiro - Isaque





Baiana - Lara Sophia
Gaúcho - Lucas Sena

Infantil 1, construindo o bumba meu boi



Fantoche do bumba meu boi


Trabalhinho do Saci


Pintura da Iara



A professora Ana Lice comentou que as lendas que as crianças do infantil 1 mais gostaram foram: Bumba meu boi, Saci e a Iara.


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