Os valores se constroem no convívio com
o outro, nas ações do dia a dia e nós educadores precisamos assumir esse
compromisso com o coração e com a ação; planejando atividades para refletir
junto às crianças, sobre o comportamento humano, agindo em prol do bem comum,
descobrindo a amizade, o respeito e a partilha. Este Projeto será trabalhado durante todo o ano letivo, também terá atividades envolvendo
os pais e os funcionários.
Uma das atividades é a contação de história. Procuramos através dos contos clássicos, fábulas, poemas, músicas e outras histórias abordar o tema Valores e Virtudes.
Então numa tarde de sexta-feira contamos a linda história da "Bela Adormecida". as crianças gostaram muito e ficaram atentas.
Essa versão da história foi tirada da internet.
A Bela Adormecida
Era uma vez, há muito tempo,
um rei e uma rainha que não eram muito felizes, porque não tinham concretizado o
maior sonho: ter filho.
— Se pudéssemos ter um
filho! — suspirava o rei.
— E se Deus quisesse, que
nascesse uma menina! — animava-se a rainha.
— E por que não gêmeos? —
acrescentava o rei.
Mas os filhos não chegavam,
e o casal real ficava cada vez mais triste. Não se alegravam nem com os bailes
da corte, e em todo o castelo reinava uma grande melancolia.
Mas, numa bonita tarde
de verão, a rainha descobriu que estava grávida. Meses depois a rainha deu a
luz a uma linda menina.
O rei, estava tão feliz, que resolveu dar uma grande
festa para que todos pudessem conhecer a pequena princesa que se chamava
Aurora. Convidou uma multidão de súditos: parentes, amigos, nobres e, como
convidadas de honra, as fadas que viviam nos confins do reino.
Porém os mensageiros, esqueceram
de entregar um convite a uma das dez fadas.
No dia da festa, cada fada
que chegava, aproximava-se do berço em que dormia a princesa Aurora e oferecia
à recém-nascida um presente maravilhoso:
— Será a mais bela moça do
reino, e mesmo assim será humilde — disse a primeira fada, debruçando-se sobre
o berço.
— E a de caráter mais justo e
prudente — acrescentou a segunda.
— Será muito gentil e
educada — proclamou a terceira.
— Será uma pessoa serena e ninguém
terá o coração mais caridoso que o seu — afirmou a quarta.
— Terá muita paz e alegria em
seu coração — afirmou a quinta.
— A sua inteligência
brilhará como um sol — comentou a sexta.
— Será responsável e
dedicada em tudo que faz — falou a sétima.
— A sua compreensão e
honestidade será admirada por todos — comentou a oitava.
E assim cada uma das oito
fadas entregou uma Virtude, um dom supremo a princesinha. Faltava somente uma
fada entregar seu presente, quando chegou a décima fada, aquela que não tinha
sido convidada. Estava com a expressão muito sombria e ameaçadora,
terrivelmente ofendida por ter sido excluída. Lançou um olhar maldoso para a
princesa Aurora, que dormia tranquila, e disse:
— Ah, esqueceram de mim, não
foi! Mas eu não esqueci de vocês e vim deixar o meu presente! Há, há, há... Aos
quinze anos a princesa espetará o dedo na uma agulha de uma máquina de tear e
morrerá.
E foi embora, deixando um
silêncio desanimador e os pais desesperados.
Então aproximou-se a nona fada,
que devia ainda oferecer seu presente.
— Não posso cancelar a maldição que agora atingiu a princesa. Tenho poderes só para modificar um pouco o feitiço. Por isso, Aurora não morrerá ao se furar com a agulha, mas dormirá por cem anos ela e todo o reino, até a chegada de um príncipe que a acordará com um beijo.
Passados os primeiros
momentos de espanto e temor, o rei, decidiu tomar providências, mandou que
todas as costuras e o trabalho de fiar, de qualquer tecido: linho, algodão, lã,
etc, não fosse mais realizado em seu reino. Apenas deixaria na torre mais alta do
castelo, num quarto muito bem trancado, onde Aurora nunca poderia ir, algumas
costureiras e tecelões do reino poderiam fazer esse serviço, mas em pouca
quantidade. As pessoas da cidade deveriam comprar suas roupas, lençóis, toalhas,
etc em outros reinos.
Aurora crescia, e os
presentes das fadas, apesar da maldição, estavam dando resultados. Era bonita,
boa, gentil, alegre, tranquila, justa, educada, inteligente, caridosa... enfim
possuía várias virtudes e valores esplendorosos e os súditos a adoravam.
No dia do aniversário de 15
anos de Aurora, o rei e a rainha estavam ausentes, ocupados com os preparativos
da festa desta data tão especial. Talvez, quem sabe, como já havia passado
muito tempo, não estavam mais com medo da maldição, ou tivessem até esquecido.
A princesa Aurora, porém,
estava sozinha e começou a andar pelo castelo, subiu a escada da torre mais
alta e chegou, enfim, ao quartinho de costura. Quando abriu a porta viu uma
velhinha de cabelos brancos, era a fada malvada disfarçada de velhinha.
— Bom dia a você, linda
garota.
— O que está fazendo? Que
instrumento é esse? Nunca me deixaram
vim aqui nesse quartinho, não sei por quê?
— É uma maquinar de tear e estou
costurando lindas roupas para o rei.
— Nossa como é bonito esse
tecido, posso sentir a maciez?
— Claro que pode,
aproxime-se, pegue na máquina!
Naquele instante, cumpriu-se
o feitiço. Aurora furou o dedo e sentiu
um grande sono. Deu tempo apenas para ir ao seu aposento, deitar-se na cama e
seus olhos se fecharam. Na mesma
hora, aquele sono estranho se difundiu por todo o palácio. Adormeceram o rei e
a rainha que tinham acabado de chegar. Adormeceram
os cavalos na estrebaria, as galinhas no galinheiro, os pássaros no telhado. Adormeceu
o cozinheiro que assava a carne e o servente que lavava as louças; adormeceram
os cavaleiros com as espadas na mão e as damas que penteavam seus cabelos. Nada e ninguém se mexiam no palácio,
mergulhado em profundo silêncio. Em
volta do castelo surgiu rapidamente uma extensa mata. Tão extensa que, após
alguns anos, o castelo ficou oculto. Nem
os muros apareciam, nem a ponte levadiça, nem as torres, nem a bandeira
hasteada que pendia na torre mais alta. Nas
aldeias vizinhas, passava de pai para filho a história da princesa Aurora, a
bela adormecida que descansava, protegida pelo bosque cerrado. A princesa
Aurora, a mais bela, a mais doce das princesas, injustamente castigada por um
destino cruel.
Alguns cavalheiros, mais audaciosos, tentaram
sem êxito chegar ao castelo. A grande barreira de mato e espinheiros estava cerrada
e impenetrável, os galhos avançavam para cima dos coitados que tentavam passar:
Seguravam-nos, arranhavam-nos até fazê-los sangrar, e fechavam as mínimas
frestas.
Aqueles que tinham sorte conseguiam escapar,
voltando em condições lastimáveis, machucados e sangrando. Outros, mais
teimosos, sacrificavam a própria vida.
Um dia, chegou nas redondezas um jovem
príncipe, bonito e corajoso. Soube pelo bisavô a história da bela adormecida
que, desde muitos anos, tantos jovens a procuravam em vão alcançar.
— Quero tentar também — disse o príncipe.
Aconselharam-no a não ir. — Ninguém nunca
conseguiu!
— Outros jovens, fortes e corajosos como
você, falharam…
— Alguns morreram entre os espinheiros…
— Desista! Muitos foram, os que tentaram
desanimá-lo.
No dia em que o príncipe decidiu satisfazer a
sua vontade se completavam justamente os cem anos. Chegara, finalmente, o dia
em que a bela adormecida poderia despertar.
Quando o príncipe se encaminhou para o
castelo viu que, no lugar das árvores e galhos cheios de espinhos, se estendiam
aos milhares, bem espessas, enormes carreiras de flores perfumadas. E mais,
aquela mata de flores cheirosas se abriu diante dele, como para encorajá-lo a
prosseguir; e voltou a se fechar logo, após sua passagem.
O príncipe chegou em frente ao castelo. A
ponte elevadiça estava abaixada e dois guardas dormiam ao lado do portão, apoiados
nas armas.
Nas
grandes salas do castelo reinava um silêncio tão profundo que o príncipe ouvia
sua própria respiração.
Salões, escadarias, corredores, cozinha… Por
toda parte, o mesmo espetáculo: gente que dormia nas mais estranhas posições.
O príncipe perambulou por longo tempo no
castelo. Enfim, subiu a escada que levava a torre mais alta, passou pelo
quartinho de costura, saiu e chegou aos aposentos em que dormia a princesa
Aurora.
A princesa estava tão bela, com os cabelos
soltos, espalhados nos travesseiros, o rosto rosado e risonho. O príncipe ficou
deslumbrado. Logo se inclinou e deu-lhe um beijo.
Imediatamente,
Aurora despertou, olhou para o príncipe e sorriu. Todo o reino também
despertara naquele instante. A vida
voltara ao normal. Logo, o rei e a rainha correram à procura da filha e, ao
encontrá-la, chorando, agradeceram ao príncipe por tê-la despertado do longo
sono de cem anos.
O príncipe, então, pediu a mão da linda
princesa em casamento que, por sua vez, já estava apaixonada pelo seu valente guerreiro.
Eles, então, se casaram e viveram felizes
para sempre!
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