sexta-feira, 1 de abril de 2016

PROJETO VIVENDO VALORES


Os valores se constroem no convívio com o outro, nas ações do dia a dia e nós educadores precisamos assumir esse compromisso com o coração e com a ação; planejando atividades para refletir junto às crianças, sobre o comportamento humano, agindo em prol do bem comum, descobrindo a amizade, o respeito e a partilha. Este Projeto será trabalhado durante todo o ano letivo, também terá atividades envolvendo os pais e os funcionários.
Uma das atividades é a contação de história. Procuramos através dos contos clássicos, fábulas, poemas, músicas e outras histórias abordar o tema Valores e Virtudes.
Então numa tarde de sexta-feira contamos a linda história da "Bela Adormecida". as crianças gostaram muito e ficaram atentas.








Essa versão da história foi tirada da internet.
 A Bela Adormecida

  
Era uma vez, há muito tempo, um rei e uma rainha que não eram muito felizes, porque não tinham concretizado o maior sonho: ter filho.
— Se pudéssemos ter um filho! — suspirava o rei.
— E se Deus quisesse, que nascesse uma menina! — animava-se a rainha.
— E por que não gêmeos? — acrescentava o rei.
Mas os filhos não chegavam, e o casal real ficava cada vez mais triste. Não se alegravam nem com os bailes da corte, e em todo o castelo reinava uma grande melancolia.

Mas, numa bonita tarde de verão, a rainha descobriu que estava grávida. Meses depois a rainha deu a luz a uma linda menina. 
O rei, estava tão feliz, que resolveu dar uma grande festa para que todos pudessem conhecer a pequena princesa que se chamava Aurora. Convidou uma multidão de súditos: parentes, amigos, nobres e, como convidadas de honra, as fadas que viviam nos confins do reino.
Porém os mensageiros, esqueceram de entregar um convite a uma das dez fadas.
No dia da festa, cada fada que chegava, aproximava-se do berço em que dormia a princesa Aurora e oferecia à recém-nascida um presente maravilhoso:
— Será a mais bela moça do reino, e mesmo assim será humilde — disse a primeira fada, debruçando-se sobre o berço.

— E a de caráter mais justo e prudente — acrescentou a segunda.


— Será muito gentil e educada — proclamou a terceira.


— Será uma pessoa serena e ninguém terá o coração mais caridoso que o seu — afirmou a quarta.


— Terá muita paz e alegria em seu coração — afirmou a quinta.


— A sua inteligência brilhará como um sol — comentou a sexta.

— Será responsável e dedicada em tudo que faz — falou a sétima.
— A sua compreensão e honestidade será admirada por todos — comentou a oitava.


E assim cada uma das oito fadas entregou uma Virtude, um dom supremo a princesinha. Faltava somente uma fada entregar seu presente, quando chegou a décima fada, aquela que não tinha sido convidada. Estava com a expressão muito sombria e ameaçadora, terrivelmente ofendida por ter sido excluída. Lançou um olhar maldoso para a princesa Aurora, que dormia tranquila, e disse:
— Ah, esqueceram de mim, não foi! Mas eu não esqueci de vocês e vim deixar o meu presente! Há, há, há... Aos quinze anos a princesa espetará o dedo na uma agulha de uma máquina de tear e morrerá.
E foi embora, deixando um silêncio desanimador e os pais desesperados.
Então aproximou-se a nona fada, que devia ainda oferecer seu presente.



— Não posso cancelar a maldição que agora atingiu a princesa. Tenho poderes só para modificar um pouco o feitiço. Por isso, Aurora não morrerá ao se furar com a agulha, mas dormirá por cem anos ela e todo o reino, até a chegada de um príncipe que a acordará com um beijo.

Passados os primeiros momentos de espanto e temor, o rei, decidiu tomar providências, mandou que todas as costuras e o trabalho de fiar, de qualquer tecido: linho, algodão, lã, etc, não fosse mais realizado em seu reino. Apenas deixaria na torre mais alta do castelo, num quarto muito bem trancado, onde Aurora nunca poderia ir, algumas costureiras e tecelões do reino poderiam fazer esse serviço, mas em pouca quantidade. As pessoas da cidade deveriam comprar suas roupas, lençóis, toalhas, etc em outros reinos.
Aurora crescia, e os presentes das fadas, apesar da maldição, estavam dando resultados. Era bonita, boa, gentil, alegre, tranquila, justa, educada, inteligente, caridosa... enfim possuía várias virtudes e valores esplendorosos e os súditos a adoravam. 
No dia do aniversário de 15 anos de Aurora, o rei e a rainha estavam ausentes, ocupados com os preparativos da festa desta data tão especial. Talvez, quem sabe, como já havia passado muito tempo, não estavam mais com medo da maldição, ou tivessem até esquecido.

A princesa Aurora, porém, estava sozinha e começou a andar pelo castelo, subiu a escada da torre mais alta e chegou, enfim, ao quartinho de costura. Quando abriu a porta viu uma velhinha de cabelos brancos, era a fada malvada disfarçada de velhinha.
— Bom dia, vovozinha. 
— Bom dia a você, linda garota. 
— O que está fazendo? Que instrumento é esse? Nunca me deixaram vim aqui nesse quartinho, não sei por quê?
— É uma maquinar de tear e estou costurando lindas roupas para o rei.
— Nossa como é bonito esse tecido, posso sentir a maciez?
— Claro que pode, aproxime-se, pegue na máquina!
Naquele instante, cumpriu-se o feitiço.  Aurora furou o dedo e sentiu um grande sono. Deu tempo apenas para ir ao seu aposento, deitar-se na cama e seus olhos se fecharam. Na mesma hora, aquele sono estranho se difundiu por todo o palácio. Adormeceram o rei e a rainha que tinham acabado de chegar. Adormeceram os cavalos na estrebaria, as galinhas no galinheiro, os pássaros no telhado. Adormeceu o cozinheiro que assava a carne e o servente que lavava as louças; adormeceram os cavaleiros com as espadas na mão e as damas que penteavam seus cabelos. Nada e ninguém se mexiam no palácio, mergulhado em profundo silêncio. Em volta do castelo surgiu rapidamente uma extensa mata. Tão extensa que, após alguns anos, o castelo ficou oculto. Nem os muros apareciam, nem a ponte levadiça, nem as torres, nem a bandeira hasteada que pendia na torre mais alta. Nas aldeias vizinhas, passava de pai para filho a história da princesa Aurora, a bela adormecida que descansava, protegida pelo bosque cerrado. A princesa Aurora, a mais bela, a mais doce das princesas, injustamente castigada por um destino cruel.
Alguns cavalheiros, mais audaciosos, tentaram sem êxito chegar ao castelo. A grande barreira de mato e espinheiros estava cerrada e impenetrável, os galhos avançavam para cima dos coitados que tentavam passar: Seguravam-nos, arranhavam-nos até fazê-los sangrar, e fechavam as mínimas frestas.
Aqueles que tinham sorte conseguiam escapar, voltando em condições lastimáveis, machucados e sangrando. Outros, mais teimosos, sacrificavam a própria vida.
Um dia, chegou nas redondezas um jovem príncipe, bonito e corajoso. Soube pelo bisavô a história da bela adormecida que, desde muitos anos, tantos jovens a procuravam em vão alcançar.
— Quero tentar também — disse o príncipe.
Aconselharam-no a não ir. — Ninguém nunca conseguiu!
— Outros jovens, fortes e corajosos como você, falharam…
— Alguns morreram entre os espinheiros…
— Desista! Muitos foram, os que tentaram desanimá-lo.
No dia em que o príncipe decidiu satisfazer a sua vontade se completavam justamente os cem anos. Chegara, finalmente, o dia em que a bela adormecida poderia despertar.
Quando o príncipe se encaminhou para o castelo viu que, no lugar das árvores e galhos cheios de espinhos, se estendiam aos milhares, bem espessas, enormes carreiras de flores perfumadas. E mais, aquela mata de flores cheirosas se abriu diante dele, como para encorajá-lo a prosseguir; e voltou a se fechar logo, após sua passagem.
O príncipe chegou em frente ao castelo. A ponte elevadiça estava abaixada e dois guardas dormiam ao lado do portão, apoiados nas armas.
Nas grandes salas do castelo reinava um silêncio tão profundo que o príncipe ouvia sua própria respiração.
Salões, escadarias, corredores, cozinha… Por toda parte, o mesmo espetáculo: gente que dormia nas mais estranhas posições.
O príncipe perambulou por longo tempo no castelo. Enfim, subiu a escada que levava a torre mais alta, passou pelo quartinho de costura, saiu e chegou aos aposentos em que dormia a princesa Aurora.

A princesa estava tão bela, com os cabelos soltos, espalhados nos travesseiros, o rosto rosado e risonho. O príncipe ficou deslumbrado. Logo se inclinou e deu-lhe um beijo.
Imediatamente, Aurora despertou, olhou para o príncipe e sorriu. Todo o reino também despertara naquele instante.  A vida voltara ao normal. Logo, o rei e a rainha correram à procura da filha e, ao encontrá-la, chorando, agradeceram ao príncipe por tê-la despertado do longo sono de cem anos.


O príncipe, então, pediu a mão da linda princesa em casamento que, por sua vez, já estava apaixonada pelo seu valente guerreiro.
Eles, então, se casaram e viveram felizes para sempre!




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